sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Nenhum veredito no primeiro dia de deliberações do júri

Os jurados do julgamento de homicídio culposo do médico pessoal de Michael Jackson, Conrad Murray, completou seu primeiro dia de deliberações nesta sexta-feira sem chegar a um veredicto. O processo é interrompido durante o final de semana, e recomeça na segunda-feira (7), às 13h30, horário de Brasília. A decisão dos jurados precisa ser unânime.



Conrad Murray, médico pessoal de Michael Jackson, é acusado de homicídio doloso pela intoxicação aguda por propofol que levou o cantor à morte. O medicamento, um anestésico, era usado por Jackson para dormir.
Se for considerado culpado, Murray pode ser condenado a até quatro anos de prisão, além de perder sua licença médica.
Processo
Os jurados ouviram nesta quinta-feira (3) as considerações finais que encerraram seis semanas de argumentos tanto da promotoria quanto da defesa. Na sexta (4), começaram a deliberação, que é o momento em que se reúnem em uma sala isolada para rever e discutir o caso, e então decidir se o médico Conrad Murray é ou não responsável legal pela morte de Michael Jackson. Não há prazo para que um júri chegue a um veredicto.
Os jurados levarão em conta as provas e depoimentos das 49 testemunhas apresentadas desde que o julgamento começou, em 27 de setembro. Michael Jackson morreu em junho de 2009, vítima de intoxicação pelo anestésico propofol, que usava para dormir. Murray, médico pessoal de Michael Jackson, é acusado de homicídio doloso.
Em sua apresentação final, o promotor David Walgren usou como argumento central a “negligência criminosa” do médico, que teria implicado diretamente na morte do músico, em 25 de junho de 2009. “A evidência neste caso é esmagadora. De que Conrad Murray deixou Prince, Paris e Blanket sem pai”, afirmou Walgrencitando os filhos do artista.
Para responder aos apontamentos de Walgren, o advogado de defesa Ed Chernoff adotou a estratégia de dirigir uma série de perguntas ao júri. “Vocês viram pacientes antigos de Murray. Essas pessoas pareciam crer que Murray tinha desrespeito pela vida humana?”, indagou.
Sobre o fato de Murray não ter ligado imediatamente para o serviço de emergência ao ver que Michael Jackson se encontrava em estado crítico, Chernoff apresentou nova questão: “Alguém ligaria para o 911 se fosse um médico treinado?”. Por fim, ele disse ao júri: “Isto não é um reality show. Isto é realidade”.
Terminadas as considerações de Chernoff, o promotor David Walgren fez a sua réplica. Por inúmeras vezes, ele se referiu ao acusado, ironicamente, como “pobre Conrad Murray”, insistindo na responsabilidade legal do médico pelos cuidados de Michael Jackson. De acordo com Walgren, mesmo que Murray não tenha visto o músico utilizando propofol, era sua responsabilidade zelar pela integridade do paciente.

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